domingo, 14 de agosto de 2011

JON BON JOVI-ENTREVISTA COM LARRY KING PT. V


KING: Estamos de volta com Jon Bon Jovi. Mais uma vez, já já ele vai cantar. O que você acha de ‘American Idol’?

BON JOVI: Nunca assisti ao programa e eu sei que um garoto fez sucesso com “Wanted Dead or Alive”, eu sei, mas nunca assisti ao programa. No fim das contas, o que eu acredito é que o programa, como artistas, se algum desses caras ou garotas vai sobreviver, eles têm que começar a escrever suas próprias músicas. Então até lá eles são apenas cantores de baile.

KING: Então você não viu nada do show?

BON JOVI: Eu nunca, nunca assisti. Eu nunca vi o programa. E eu não estou dizendo isso como uma alfinetada no programa porque eu acho que tem sido incrível. O sucesso, Deus os abençoe, fico feliz que estejam usando minhas músicas. Eu só nunca assisti.

KING: O que você acha de celebridades vendendo fotos de seus filhos recém-nascidos? O fenômeno da revista “People”. A Angelina Jolie, o Tom Cruise, esse aspecto do seu ramo.

BON JOVI: Eu não sei. Eu não sei. Eu não deveria tecer comentários sobre algo que eu nunca fiz.

KING: Manda ver, Jon.

BON JOVI: Se eu tenho que, eu tenho que achar que o que Angelina e Brad fizeram ao dar todo aquele dinheiro pra caridade, ela continua a me fascinar mais e mais dia após dia. Eu estou muito feliz por todas as coisas grandiosas que ela faz. Ela é uma inspiração agora. Então isso parece uma excelente idéia. Eles fizeram dinheiro para doá-lo. Eu gosto disso. Fotos dos meus filhos, eu não compartilho. E minha esposa foi bem certeira nesse ponto. Ela explicou pro meu filho, seu pai é famoso. Ele é famoso porque ele compôs muitas músicas e tocas essas músicas para as pessoas. Vocês são crianças, vocês não são famosos. Quando vocês ficarem famosos um dia por fazerem algo, daí vocês podem ter suas fotos nessas revistas. Até lá, sejam crianças. E é a maneira que vivemos isso.

KING: Qual música mexeu mais com você? De quem você é fã?

BON JOVI: Muita gente, tanto antiga como atual. E é bem diversificado também. Então pode ser country e folk e pode ser…

KING: Quem é a grande influência?

BON JOVI: As influências do começo – eu me lembro de uma grande razão pela qual eu comprei um disco do Bob Dylan chamado “Desire” em 1978. E ele escreveu essa música chamada “Hurricane” que, praqueles de vocês que não sabem disso, virou um filme e tudo mais, Rubin “Hurricane” Carter estava na prisão em Nova Jérsei na Prisão Estadual Rahway. E uma vez por ano você tinha que it com seu pai e sua mãe e seu carro tinha que passar pela inspeção e aquelas filas demoravam uma eternidade e você podia passar uma tarde inteira num sábado na sombra da Prisão Estadual de Rahway. A primeira vez que eu ouvi uma canção sobre aquele homem e aquele homem está por detrás daquele muro e aquelas fotos colocaram um rosto naquele homem pra mim. Agora, eu disse ‘eu tenho que saber mais dessa idéia de contar uma história numa música’, e daí eu me liguei em Dylan, o que me levou a Morrison, que me contou sobre Springsteen e era o lance hard rock do final dos anos 70. Quando você funde tudo isso, e é assim que nós nos tornamos nós. Achamos nosso próprio som contando grandes histórias e tocando guitarras altas.

KING: É isso que te atrai na música country, que ela sempre conta um a história?

BON JOVI: Tem que contar uma história. Eu acho que o grande apelo, o que ajudou a me diferenciar do resto nos anos 80, e até onde fomos é que nos tornamos grandes contadores de histórias e não era sobre homem e mulher, homem e mulher. Era mais, havia o aspecto social, havia ativismo político, foi isso que nos diferenciou.

KING: O estrelato lhe cai bem, não? Quero dizer, você não ficou afetado.

BON JOVI: Eu gosto de pensar que sim. Eu não sou um viciado em aplausos. Eu conheci muitas pessoas que o são. Você sabe, no minuto que uma turnê acaba eles estão num bar tocando de novo. É só o que eu faço pra viver. O resto é só balela pra mim. É um clichê. Isso decepciona parte da mídia. Eles querem que você fale sobre isso. Você vai, faz aquilo, já fez aquilo. Eles realmente querem saber sobre você arremessar uma TV pela janela. É um clichê.

KING: E você nunca…

BON JOVI: Claro. Mas eu faço isso desde que eu tinha 21 anos de idade – e quando eu tinha 21 anos de idade aquele quarto de hotel era muito melhor do que meu quarto em casa então eu não queria sair dele. Um ônibus? Eu não tinha uma casa. Eu tinha um ônibus. Aquele ônibus era bom. Com o passar do tempo… KING: Isso se chama maturidade.

BON JOVI: Eu cresci aos olhos do público.

KING: Voltamos já com mais momentos com Jon Bon Jovi e daí ele vai cantar. Não saiam daí.

[PAUSA PARA O COMERCIAL]


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